terça-feira, 21 de agosto de 2012

Recordando o passado

Neste mundo de ilusão
Vou vivendo de teimoso
Sou um simples pobretão
Mas dizem que sou charmoso

No tempo da mocidade
Fui muito namorador
Hoje só resta saudade
E no peito guardo a dor

Namorei uma ingrata
Foi minha grande paixão
Ela se chamava Deonata
Me traiu com o patrão

Para poder segurá-la
Pus em seu dedo, aliança
Enganei em domá-la
Nunca me depositou confiança

Quando eu descobri
Quase morri de desespero
Pra mim mesmo eu prometi
Que ia morrer solteiro

Para poder me esquecer
Esse maldito tormento
Até palhaço consegui ser
Encontrei algum alento

E no circo desabafei
Todo mágoa, todo fracasso
Muitas gatas namorei
Na minha vida de palhaço

Estava com o coração fechado
Não acreditava em ninguém
Tentava esquecer o passado
Até que encontrei alguém

O mesmo que eu sofri
Ela também sofreu
Eu pra ela não menti
O nosso santo bateu

Ela contou seu sofrimento
Que sofreu muito por amor
E eu ouvi atento
Lamentei a sua dor

Para encurtar a história
Ela vive em meus braços
Já faz quase 40 anos
Enfrentamos maus pedaços

Ela é o mãe dos filhos
Minha esposa dedicada
Nunca saiu dos trilhos
É uma mulher prendada

Ela morre de ciúme
Da minha vida de artista
Ouço sempre seus queixumes
Mas procuro não deixar pista

Eu fiz esses simples versos
Apenas para desabafar
E mostrar como o universo
É difícil de enfrentar

Porém tendo fé em Deus
Nós conseguimos vencer
A todos os amigos meus
Eu quero apenas dizer

Deus que te ilumine
Em todo o seu viver
E que nunca desanime
Se hoje está a sofrer

Um ditado, pura verdade
Nunca perca a esperança
Que depois da tempestade
Sempre vem a esperança.

Aqui no recanto das letras
Eu já fiz minha conquista
Um abraço do pintaeta
Esse humilde repentista

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