sábado, 20 de abril de 2013

Desabafo de um humorista

       Esclarecendo aos leitores: Sou cantador de músicas engraçadas e paródias; sou contador de causos caipiras e piadas.  Enfim, faço um monte de coisas e ainda não saí do anonimato. Além de eu ter este blog, também escrevo para o sit: recanto das letras. Recebo comentários do Brasil inteiro e até de outros países que falam a nossa língua, como: Portugal, Uganda, etc e também de países que não falam o nosso idioma, mas, de brasileiros que residem fora.
      O meu sonho é fazer show de humor por todo esse Brasil. Tenho um repertório vasto de piadas e, modéstia à parte, sei contá-la com  estilo de profissional. Portanto, para eu me deslanchar pra fora é necessário que eu tenha um cartão postal fazendo um show em minha cidade e filme o evento. Mas, com o santo de casa não faz milagre, os diretores e presidentes não acreditam. Toda porta que bato, recebo um não no meio da cara. Isso dói profundamente! Assim aconteceu com todos os que começaram.    
       Consegui o local para fazer o show, mas para fazer  evento; tenho que gastar com aparelhagem de som, filmagem, propaganda em rádios e cartazes.  E ainda oferecer um prêmio para o povo ir me assistir.
       Para arrumar patrocinadores é necessário tirar um alvará no fórum e um ofício na prefeitura.
       Sem patrocínio eu não sou ninguém. E sem o povo pior ainda. Eu vou soltar um circular por toda cidade solicitando à população Itanhanduense para irem assistirem ao meu show e oferecer um prêmio bom em sorteio. Um dvd, um impressora, um relógio folheado a ouro, etc; coisas assim.
       Só sei dizer que é muito difícil ser artista. Dizem que a sorte não bate duas vezes na mesma porta. Acredito nisso piamente. Há muitos atrás, quando eu morava em Guararema, recebi um convite do Professor: José Henrique, secretário de esporte e turismo da prefeitura de Mogi das cruzes, para eu fazer show pela região. Ele ia pagar um curso para eu me aprimorar, e disse a carta que eu ser uma pedra que precisava ser lapidada. O meu salário de início era: CR$ 300,00 por hora.
Mostrei a carta para minha esposa todo contente, recebi um não bem redondo na cara. e acrescento u:" Você escolhe, ou eu a vida de artista. Eu larguei do Joaquim porque era artista, agora vem você com a mesma frescura! Eu era apaixonado, larguei tudo para ficar com ela. hoje me arrependo amargamente.
Quero voltar, eu não estou conseguindo. Está muito difícil. Desculpe-me caro leitor, mas eu preciso desabafar a minha dor e minha frustração.


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