domingo, 22 de novembro de 2015

Paródia da música: menino da porteira

Toda vez que eu parava no bar do Zé mineiro
De longe eu avistava a figura de um cachaceiro
Eu pedia uma cachaça ele pulava ligeiro
Me paga aí uma doze porque eu estou sem dinheiro
Com o amigo serrote eu já estava acostumando
Eu lhe dava uma moeda, ele ficava pulando
Muito obrigado, seu moço, Que Deus vá lhe acompanhando
Para aquela estrada fora, a monark ia pedalando  

No caminho desta vida muita cena presenciei
Mas nenhum calou mais fundo que esta que passei
Eu vinha de tardinha, qualquer coisa eu cismei
O bar estava fechado e o pinguço não avistei
Apeei da bicicleta no meio de um povoado
Eu vi o cara chorando, fui saber  o que foi se dado
Um outro falou baixinho, me chamando para um lado
Cu de bêbado não tem dono, estupraram  o coitado

Lá no bar do Zé mineiro eu só passo de passagem
Parar para beber eu perdi a minha coragem
A cena ficou gravada, mais parece uma miragem
Estuprar um pobre coitado, é um ser muito selvagem
Esta cena horripilante do pensamento não sai
Até fiz um juramento que não esqueço jamais
Nem que a garganta coce, eu não voltar atrás
Nem que as bichas alvorocem, cachaça não bebo mais!



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